Seja bem vindo!

Esse Blog é mais um meio para dialogarmos sobre leituras diversas.

28 agosto, 2011

O que houve com o Magistério ?

* Por Jocélia Santos

Sabemos que a valorização do magistério é hoje uma alavanca no fortalecimento dos educadores para uma prática mais eficaz e consciente.  A fim da qualificação nas diversas áreas para o engrandecimento da prática em sala de aula, algumas ideais têm sido postas em prática para que o ensino não faleça, nem tão pouco se desestruture continuamente.
Por outro lado, a valorização do profissional da educação do magistério, deve e pode ser entendida como aquela que esteja associada também aos aspectos salariais. O plano de cargos e carreiras assim também como as condições de trabalho são pontos extremos para se imaginar uma possível educação de qualidade.
A valorização do magistério, que é de fato uma questão do Estado e consequentemente das políticas educacionais, está intimamente ligada a produtividade do trabalho docente. Entretanto, seja qual for o nível, Federal, Estadual ou Municipal, a categoria do magistério vem ao longo da sua história sendo tratada de forma alheia e indesejável, criando brechas para que os profissionais dessa área desenvolvam de forma inadequada seus trabalhos.
De qualquer forma, é necessário voltarmos um pouco na história, para entendermos essa discussão relembrando que; foram os Jesuítas os primeiros professores oficiais do Brasil, viviam apenas de rendas das estâncias, não eram assalariados. Quando expulsos em 1759, o declínio da escola publica elitista foi evidente. Foram treze anos até que alguma medida fosse tomada; a substituição de professores foi uma delas.
Com a reforma pombalina, aulas Régias, foram uma das tomadas para a escolarização. Mestres e locais improvisados regiam as aulas sem qualquer embasamento, conhecimento, ou formação para ocupar esses cargos. Eram nomeados por indicação, ou seja, a má qualidade, na formação para o exercício do magistério é um processo antigo, que chega de forma evidente até nos dias de hoje.
Mesmo com a chegada de outros Métodos, a Educação ficou fragmentada ao descaso deixada pelas autoridades. Tão somente em 1824, devido à brutal carência docente é que podemos afirmar que o aumento do salário aos professores primários marcaria o primeiro fato de valorização salarial dos professores.
A ideia que o exercício docente estivesse ligado ao sacerdócio, desvaloriza-se ainda mais o teor dessa profissão, uma vez que não é apenas “fé” que dispunha uma carreira docente. Tomando como base a contemporaneidade, fica cada vez mais evidente percebemos toda essa discussão frente à valorização do magistério, a qualificação do professor que busca cotidianamente empenho para a formação de pessoas, é tema de grandes debates, visto que hoje no país a sua desvalorização ainda é grande, nunca se buscou capacitasse tanto por tão pouco. Nenhum exercício forma tanto quanto um profissional da educação, aquele que incansavelmente se doa para uma prática mais justa e cada vez mais consciente.
Referencia:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 39 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.