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28 agosto, 2011

Breve história da Literatura Infantil





“O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora através das influências da atmosfera cultural  geral e dos esforços conscientes da educação e bibliotecas públicas". (Richard Bamberger)

         * Por Jocélia Santos
  O pesquisador Philippe Ariès, em História Social da Criança e da Família, de 1960, aponta o conceito ou a idéia que se tem da criança, sobretudo da infância, a qual foi historicamente construída onde, por muito tempo, não foi vista como um ser em desenvolvimento, com características e necessidades próprias, e sim como um adulto em miniatura. Ou seja, neste sentido, a história da infância, ou a concepção sobre a criança em si, surge como possibilidade para muitas reflexões sobre a forma como entendemos e nos relacionamos atualmente com a ela. Por ser a literatura Infantil produzidas por adultos, ela não tinha valores nem interesse, visto que a criança em si também não apresentava necessidades especificas.
 As primeiras obras para esse público, surgiram na metade do século XVIII, mas, antes a esse fato, no século XIII, começou a ser analisado pela história arte, com uma forma de linguagem visual que utiliza imagens para representar determinado tema.  Surgiam desde então as fábulas que foram assim reescritas, mas não deixaram de passar por situações de desprezo, pois a literatura infantil não era vista como algo destinado às crianças. Charles Perrault, impulsionou a literatura Infantil com seus contos de fada de maneira extraordinária como nunca havia visto antes. Porem, escritores franceses não armazenaram exclusividade para a literatura voltada para criança. Ela foi gradativamente se expandindo para os países onde o crescimento econômico e social era maior. Com a industrialização as atividades no setor econômico e social tiveram um salto alarmante, a criança passa a ser vista como objeto de consumo, a qual impulsionaria o setor produtivo.
Com o após Guerra, as instituições tiveram que permanecer atendendo as  crianças em tempo integral, e as leituras eram uma obrigação para suprir os horários, como não dispunha de livros voltados para as crianças,  os contos de fadas supriram essa necessidade. A literatura específica que nascera, foi de cunho moralista, pois era de interesse dos adultos em educar as crianças, deixando de lado o modo artístico em seus exemplares. E a escola, como é vista nesse processo? “É preciso ensinar aos alunos a beleza da língua e reafirmar a noção de que o livro é um amigo que está  sempre ao nosso lado” (Ana Maria Machado), pensando assim, coube a escola o papel de promover, incentivar, e aprimorar a leitura, para tornar viável  sua circulação.  
A leitura dirigida à criança, na contemporaneidade é vista como aquele que busca ( e deve buscar sempre) o gosto e o prazer de ler. Ou seja, o lúdico que hoje muito é associado à leitura infantil se torna um exercício convidativo à busca pela leitura, pois quando se é criança, busca-se a interação entre palavras e imagens, forma e brincadeiras que enriqueça e enalteça a arte da leitura em todas as suas conjecturas.
            Contudo a necessidade de abrir essa lacuna nos é muito interessante no papel de educadores da modernidade, é necessário e preciso que a literatura infantil seja inserida desde cedo na vida da criança, pois o grande acervo de textos, nos envolve para essa prática, os diversos tipos de gêneros da nossa língua comprova a diversidade e amplitude, nos dando uma variada e recheada enciclopédia literária a qual deve manter-se viva, dia a dia que lace a criança na alegria de descobrir e redescobrir a essência de se chegar ao final de uma leitura.

Referenciais:
http://primeirainfancia.org.br/wp-content/uploads/2011/07/literatura-infantil.jpg

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de ler. São Paulo: Ed. Àtica,  1987.
MACHADO, Ana Maria. A literatura deve dar prazer. Rio de Janeiro: Nova Escola: a revista do professor, São Paulo, v. 16, n. 145, p. 21-23, set. 2001. Entrevista concedida a Priscila Ramalho.

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