Seja bem vindo!

Esse Blog é mais um meio para dialogarmos sobre leituras diversas.

31 agosto, 2011

"Educação Infantil - Muitos Olhares”



Um Recorte sobre “Educação Infantil Muitos Olhares”, de Zilma de Moraes R. de Oliveira.



* Por Jocélia Santos
Os questionamentos frente ao processo educacional são de fato preocupantes, principalmente ao que diz respeito às creches e pré escolas em nosso país, uma vez relacionados particularmente a como se dá esse atendimento a crianças pequenas nessas instituições.
Interrogativas a parte, os fatos sócio-históricos pelo qual passou a educação infantil desta fase, foi ao longo dos anos se transformando e pode ser delineado primeiro pelo tradicionalismo, onde a educação de crianças pequenas era responsabilidade da família, que nos séculos XVI e XVII como o pragmatismo tecnicista novos olhares começaram a surgir em direção a educação de crianças pequenas, influenciado pelo desenvolvimento científico ocorrido pela expansão mercantilista.     
Percebe-se que a educação ascende à sombra de um possível e importante acontecimento, assim como na França e na Inglaterra como em demais países da Europa, escolas para crianças pequenas foram organizadas sobre forte influencia de movimentos religiosos. Ler e escrever eram, por exemplo, métodos utilizados nessas escolas, pretextos esses que buscavam o ensino religioso como intenção primeira. Embora se tenha incluído crianças pobres entre 2 e 3 anos de idade nas chamadas Charity school ou Dame school, escola de caridade, um tipo de escola primária para o ensino de crianças carentes, onde também se iniciava uma proposta pensada por Comenius, onde a educação de crianças pequenas deveria partir de coisas reais e atividades diferenciadas.
Enquanto o ideário da Revolução Protestante buscava formas disciplinadoras sem punições físicas às crianças, os trabalhos da Pestalozzi pensava na transformação de métodos de ensino no treinamento de professores onde a educação existisse em espaços de amorosidade através da música, arte, soletração e atividades diversas, assimiladas as idéias de Rousseau refletidas em Comenius. As concepções políticas citadas no texto "Educação Infantil: muitos olhares", mais precisamente na página 12, terceiro parágrafo, começam a ser entendidas por meio das influencias teóricas e ideológicas - Liberalismo e Nacionalismo - Lutas Napoleônicas - onde Froebel idealizara a criação de jardins de infância, englobado em 1870 a 1952 o método Montessori, no repertório dos primeiros construtores da idéia da educação infantil. Ainda sobre o prisma político, as instituições de pré-escolar surgiram por conta de um cenário de pobreza, maus-tratos e abandono que tinham as crianças pequenas da época, principalmente com a Revolução Industrial. Ou seja, as creches e pré-escolas surgiram de uma necessidade capitalista, lugar que as mães pudessem deixar seus filhos enquanto trabalhavam, já que mediante ao processo de industrialização que se desencadeou no Século XVIII, o panorama havia modificado não apenas a sociedade mais também a família. Ingressar no mercado de trabalho era o motivo que tornou indispensável encontrar soluções para o atendimento infantil em todos os aspectos.  A visão superficial aqui elencada sobre alguns aspectos sócio-Históricos da educação de crianças pequenas, implica-nos compreender que hoje as raízes dessa construção estão por vezes presentes no modo de fazer e conceber a educação infantil. De lá pra cá as contribuições dos educadores da história universal da infância ainda continuam existindo? Embora haja resistência e temor ao novo, muitas mudanças e transformações surgiram, a exemplo da Lei de Diretrizes e bases da Educação, nº 9394 de 20 de Dezembro de 1996, que trás no Artigo 4º, inciso IV; “atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade”.  E mesmo a base de muito diálogo e intenções para melhoria da educação, muito ainda tem se buscado para que esse nível de educação se emancipe.
Aludindo ao pensamento froebeliano; (Prendas e Ocupações), ao que diz respeito às atividades com objetos concretos usados também em brincadeiras e o manuseio com areia, papel, argila, recorte, dobradura, desenhos entre outros, pode-se perceber que tais atividades ainda são desenvolvidas com grande ênfase nas creches e pré-escolas, para que o processo de aprendizagem das crianças implique na codificação de saberes diversos.
O que dizer da aprendizagem mecanizada e padronizada? Essas por uma resistência talvez cultural, ainda é uma realidade na vivencia de crianças o que desconfigura a visão emancipatória no dorso dessas instituições. Descobre-se então, que o mundo da criança pode ser construído e desenvolvido, uma vez que elas exteriorizam múltiplas capacidades para absorver o ensinado.
Por outro lado, fazendo ainda um paralelo entre o sistema capitalista industrial e a contemporaneidade do sistema globalizado, teremos duas situações iguais separadas apenas pela cronologia do tempo: (a demanda de mães operárias e mães empresárias). Sofrem neste caso os mesmos efeitos e causas, tendo em vista que ambas situações apontam para o desejo de terem seus filhos assistidos no sentido de cuidados por “alguém” que garanta esse aparato de forma confiável e responsável.
Não é à toa que a educação infantil no Brasil vem a cada dia sendo tema de grandes discussões e debates, pois, valida uma prática cada vez mais concisa e desafiante, papel dos que lutam por uma educação de qualidade. No entanto, é emergência que o sistema escolar deva enxergar com mais sensibilidade a prática educacional sem apontar possíveis “responsáveis” por erros e enganos que possivelmente acontecem no âmbito da escola, pois, a história pela qual passou a educação e o processo das instituições escolares até nossos dias, resulta em absorvermos o que de apropriado restou, filtrando e extraindo a parte boa de todo esse processo. Embora tenha a educação dados largos saltos, nem sempre seu cenário foi assim, justo por que assim como a educação, a criança que também está inserida nesse contexto e também sofreu diferentes concepções que foram reconstruídas socialmente e culturalmente ao longo dos anos.
          Hoje, creches e pré - escolas buscam vivenciar abertamente um processo de ruptura, ou seja, de mudança, onde aquele velho modelo “assistencialista” abre caminho para o modelo do educar e cuidar simultaneamente. Em fim, as atividades que acontecem na sala de aula, devem ser um reflexo do que acontece na realidade da criança, ela por sua vez, tem o direito de brincar, de participar, de ser ouvida de ser cuidada de ser bem protegida em qualquer escola em que esteja inserida. O educador de ensino infantil, sobretudo, tem um novo papel, de articulador, de apoio e de facilitador, mas na verdade ele passa a compor o universo da sala de aula a partir do universo da criança, fazendo dos momentos, espaços de inclusão e aprendizagem

Dados:
OLIVIERA, Zilma de Moraes R. de (org). Educação Infantil muitos olhares. São Paulo: Cortez, 1994. Pág.11 e 19

Família, Conceitos e Poder


           

 * Por Jocélia Santos

   “A família se constitui em um grupo de origem ao satisfazer a necessidades básicas como alimentação, proteção, afeto e sexo”

É o que afirma Souza (1997), sobre a concepção de família, reafirmando conceitos que muitos têm sobre a mesma, onde família significasse apenas a garantia de necessidades básicas. Segundo SUTTER, 2007, “família é um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem”. Para ROMANELLI “a família é a base para a formação dos sujeitos”, o que implica reconhecer que nela, ou a partir dela, um  importante processo educativo se inicia.

Mas de que famílias estamos falando?

A sociedade sempre teve por concepção a idéia de que a família deveria obedecer a padrões e modelos que se estruturassem na figura di pai, como chefe maior da casa, a mãe como a dona do lar e os filhos como súditos sempre dóceis e submissos. Não pretendo com essa fala corrigir pensamentos pré-moldados e conceitos já estabelecidos. O fato é que a família com o passar dos tempos também desencadeou transformações, onde paradigmas foram quebrados desmitificando a idéia de que toda e qualquer família é sinônimo de perfeição e culminância. É na contemporaneidade que os conceitos sobre família vão sendo revistos e com mais ênfase analisados.

Família e Poder

A concepção de violência simbólica foi criada pelo pensador francês Pierre Bourdieu para delinear o processo pelo qual uma determinada classe que domina economicamente impõe sua cultura aos dominados. Vejamos, o princípio simbólico de uma determinada cultura é uma construção social e sua sustentação é fundamental para a progressão de uma determinada sociedade, através da interiorização da cultura por todos os membros da mesma. Ou seja, a violência simbólica pode ser desempenhada por diferentes instituições da sociedade: o Estado, os meios de comunicação, a escola, e neste caso é expressada pela família. 
Deste principio fica claro entender como a família na representação da violência simbólica, o dominado não se resiste ao seu opressor, uma vez que por ocasião das concepções já concebidas não se percebe vítima deste processo: ao contrário, o oprimido considera a situação natural e inevitável. Para tanto, não podemos perde de vista a importância que a família tem para seus componentes, (sejam eles qual for), como nos diz (BOCK, 1999): É na família, mediadora entre o indivíduo e a sociedade, que se pode perceber o mundo e situar-se nele, apropriar-se dos seus significados e internalizá-los.
Para compreendermos melhor esse processo podemos também fazer uso do que nos diz Sarti (1999), onde “a família” exerce o papel de filtro pela qual o individuo começa a ver o mundo, ou seja, está ligada desde o nascimento através de palavras e comportamentos, são laços de parentesco que são expressas por ligações que se tem com o outro.
Neste sentido, podemos aqui entender uma das primeiras violências simbólicas sofridas pelos sujeitos: a obrigatoriedade de enxergar, compreender e operar o universo ao seu redor, Bourdieu denominou de “habitus”, e ainda discorre que é na família onde as influências mútuas são realizadas de maneira intensa, que ocorrem as primeiras violências simbólicas e ocorrem as primeiras imposições de valores, normas, opiniões, percepções e representações do mundo social (BOURDIEU, 2008). Vejamos, o princípio simbólico de uma determinada cultura é uma construção social e sua sustentação é fundamental para a progressão de uma determinada sociedade, através da interiorização da cultura por todos os membros da mesma. Ou seja, a violência simbólica pode ser desempenhada por diferentes instituições da sociedade: o Estado, os meios de comunicação, a escola, e neste caso é expressada pela família. 
Não podemos esquecer que mesmo conflitante, com intensas transformações através do mundo, a família ainda é hoje considerada um “lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e dos demais membros, independentemente do arranjo familiar”. É preciso acordar para a aceitação de uma vida mais justa e digna, onde os participantes possam dialogar com igualdade e prudência, para uma visão mais ética e critica perante a sociedade que se esteja inserido.

Referências:

ROMANELLI, G. Escola e família de classes populares: notas para discussão. www.asseec.org.br; 2008.
SUTTER, G. Refletindo sobre a relação Família-Escola. www.webartigos.com; 2007.
Trilha do Aprendente Escola Família e Sociedade. AULA 2: FAMÍLIA: CONCEITOS, FUNÇÕES E VIOLÊNCIA SIMBÓLICA Volume 08.
IMAGEM: http://amomuito.com/blog/category/coisas-fofas/


Tecnologia Inclusiva




*Por Jocélia Santos
Com o advento  da  tecnologia  e  da  informação educacional  inseridos  no  Brasil  na  década  de  70,  a comunicação  entre  os  sujeitos  entrava  em  linha,  em cadeia no espaço para encurtar distâncias. Nas sociedades mais antigas os homens sempre viveram confinados ao espaço da coletividade e suas relações não iam além das “sociedades limítrofes”. (Rodrigues, 1990). Culturalmente se restringiram aos mesmos territórios. 
Na  contemporaneidade,  mediante  o  forte crescimento da informação ciberespacial chegávamos a revolução  da  tecnologia  da  informação,  era  a reestruturação do capitalismo industrializado numa forma de  “sociedade  em  rede”.  (M.  Castells).  Diante  dessa espontaneidade  de  crescimento,  há  uma  maior possibilidade de informação, e o acesso à educação se transfigura e se transforma amiúde. 
A importância de um novo olhar sobre o sistema de ensino contempla entre outros atributos a realidade de pessoas,  ou  seja,  as  relações  sociais  são  na  verdade revistas, sobre efeito, os seres humanos em constante ligação com o espaço mudado entram nesse processo tecnológico imperceptível inserido pela cultura moderna. 
A Educação inclusiva, inicia em seu bojo de propriedades a criada uma forma de qualificação ambiente universitário cujo foco norteador é levar as mais distantes pessoas a oportunidade de acesso, participação e aquisição de um curso  superior.  As  Universidades  a  distancia  têm  esse intuito, formar, incluir e oportunizar eliminando barreiras, é  a  lógica  da  educação  inclusiva.  Quebrar  com  os paradigmas,  vencer  e  romper  seus  muros,  invadir  os municípios pólos e tomar com seriedade a educação, fez com  que  jovens  e  adultos  começassem  a  sentir  que podem  fazer  a  diferença,  diante  desse  modelo educacional que prima pela inclusão dos sujeitos pelos quatro cantos do país. Em fim:

 “A ninguém se pode negar a oportunidade de aprender por ser pobre, estar isolado geograficamente, marginalizado,  doente  ou  por  qualquer  outra circunstância  que  impeça  seu  acesso  a  alguma instituição de ensino. Estes são elementos que supõem o  reconhecimento  de  uma  liberdade  para  alguém decidir  se  quer  ou  não  estudar”.  (CHARLES  A. WEDEMEYER, 1986, p. 34). 

 Assim me visto essencialmente para emancipar um estudo que deu certo, que desfaz limites e inclui seres aptos  para  uma  sociedade  pensante  e  democrática, construída através do seu próprio saber, que oportuniza e aperfeiçoa a superação, o entusiasmo e o conhecimento, mantendo  assim,  alçada  para  enfrentar  com  esforço aquilo que lhe é ensinado, uma vez que, responsabilidade, competência, autonomia e dignidade nos estimula para um universo ciberespacial, no qual atende as expectativas de um novo tempo, movidas pela informatização, e pela formação,  aos  cuidados  de  sermos  por  excelência “diferenciados” em um ambiente multifacetado que nem a distância é capaz de explicar. 
__________________

REFERÊNCIAS

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra,1999. 
CHARLES  ,  A.  Wedemeyer.Teoria  crítica  y  resitencia  en  la educación.    Madri/Espanha: uned,  1986.  In  Trilha  do Aprendente – Introdução a Educação a  Distancia, Vol. –I, pág.01. 
RODRIGUES,  Adriano  Duarte.  Estratégias  da  comunicação. Questão Comunicacional e Formas de sociabilidade. Lisboa: Editorial Presença, 1990.

29 agosto, 2011

Aprendizagem Colaborativa



Aprender a viver em coletividade requer do ser humano algumas aptidões que sozinho jamais conseguirá encontrar. Lidar com o outro é encontrar em cada pessoa algo novo e inesperado. Gerar a participação de todos enriquecendo o aspecto de viver juntos é para todos um grande desafio, uma fez que nos encontramos num jogo competitivo, do melhor e das oportunidades. A interação prima irmão da inclusão promove essa capacidade entre os indivíduos. Todas as transformações que o mundo hoje atravessa, tem uma significância impar para a sociedade principalmente quando tratamos da área educacional. As tecnologias da informação e da comunicação alteraram as formas de relacionamento do ser humano nas mais diversas áreas do conhecimento. Para tanto, esse processo de e pode tornar-se igualitário na construção de uma aprendizagem colaborativa entre os agentes. Um bom exemplo disso está centrado na área de educação a distância que solidifica, por constituir estratégica ao desenvolvimento das comunidades. A internet e seus ambientes virtuais de aprendizagem operacionalizam os meios para que flua a aprendizagem colaborativa. Entendemos que para facilitar essa educação continuada, os aprendentes precisam apreender quais as ferramentas necessárias para garimpar continuamente o conhecimento na mina da internet e como manuseá-las. A experiência de um curso a distância abrirá possibilidades para o uso contínuo de ferramentas para esse propósito. Por outro lado, o professor pesquisador precisa compreender que o eixo de sua ação deve passar do ensinar para destacar o aprender e, principalmente, o aprender a aprender. Logo, o papel dos agentes mais diretamente envolvidos no processo de aprendizagem é o de modificar sua atuação diante deste novo mundo de oportunidades de ampliação do conhecimento.
 Aprendizagem colaborativa e seus Pilares
 Podemos conceber a aprendizagem colaborativa baseada segundo Delors (1998) em quatro pilares:
Aprender a conhecer, à visão de se ter prazer em investigar;
Aprender a fazer, as aprendizagens devem evoluir e não podem mais ser consideradas como simples transmissão de práticas;
Aprender a viver juntos que está inserido na dependência entre todos os seres humanos no planeta evidenciam o aprender a viver juntos. Conviver harmoniosamente com todos os seres, homens e animais, mar, terra e ar é o lema atual de organizações que se pretendem ecologicamente responsáveis. As evidências de que somos parte de um todo universal e de que é fundamental que preservemos o planeta, corroboram para o estímulo da entropia entre os homens e apontam para a colaboração como condição basilar para a preservação da vida na terra.
·        Aprender a ser. A educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa
Todos esses quatro pilares têm uma relação estrita sobre o processo de aprendizagem colaborativa.
Para tanto a troca de experiência, o encontro das equipes para realizar um trabalho, a interação e o debate do que irá ser abordado, tomando com exemplo este trabalho é um bom exemplo da aprendizagem colaborativa. Estamos abordando um assunto que se faz presente em nossa pratica. Assim agindo, juntos estamos encontrando uma resposta pra o que estamos fazendo. E com isso enriquecendo cada vez mais a aprendizagem de todos numa ação colaborativa.
Jocélia Santos 
*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortezo. p. 89-102.

Comunicação no Ciberespaço


“A comunicação interativa e coletiva é a principal atração do ciberespaço”. (Pierre Lévy)

A definição mais comum de aprendizagem colaborativa é a situação na qual duas ou mais pessoas aprendem ou tentam aprender, conjuntamente, alguma coisa. Cada elemento desta definição pode ser interpretado de maneiras diferentes, para tanto, descreve uma situação na qual se espera que ocorram formas particulares de interação entre pessoas, capazes de desencadear mecanismos de aprendizagem, mas sem que haja garantia de que as interações esperadas ocorram. Portanto, deve ser assumida, como uma preocupação normal, o desenvolvimento de vias que incrementem a possibilidade da ocorrência dos vários tipos de interação pretendidos. Pierre Lévy trabalha desde 2002 como titular da cadeira de pesquisa em inteligência coletiva.
Em seu livro A Revolução Contemporânea em matéria de Comunicação, Lévy faz uma análise da evolução da humanidade, abordando o desenvolvimento da Internet e a digitalização da informação. De acordo com Levy, antes da popularização da internet o espaço público de comunicação era controlado através de intermediários institucionais que preenchiam uma função de filtragem entre os autores e consumidores de informação. Hoje, com a internet quase todo mundo pode publicar um texto sem passar por uma editora nem pela redação de um jornal. No entanto, essa liberdade de publicações que a internet oferece, acarreta no problema da veracidade, da garantia quanto a qualidade da informação. A cada minuto, novas pessoas assinam a Internet, novos computadores se interconectam, novas informações são injetadas na rede. Quanto mais o ciberspaço se estende, mais universal se torna. Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática.
Segundo o filósofo, “as redes de computadores carregam uma grande quantidade de tecnologias intelectuais que aumentam e modificam a maioria das nossas capacidades cognitivas”, ou seja, o computador é um instrumento de troca, de produção e de estocagem de informações, tornando-se desta forma, um instrumento de colaboração. A televisão, ao contrário, para Lévy, é um meio de comunicação passivo, pois não proporciona ao receptor nem troca de informação, nem interatividade, pois ao assistir uma programação na TV, o receptor apenas absorve as informações, mas não consegue interagir com o emissor.
Lévy afirma ainda que “a comunicação interativa e coletiva é a principal atração do ciberespaço”. Isso ocorre porque a Internet é um instrumento de desenvolvimento social. Ela possibilita a partilha da memória
da percepção, da imaginação. Isso resulta na aprendizagem coletiva e na troca de conhecimentos entre os grupos.
Pontos importantes podem ser destacados em sua teoria:
Universalização
Conceito que aparece com a criação da escrita, sua principal característica e o rompimento com o tempo e espaço ou seja, as informações não estavam mais limitadas ao meio oral. Com a criação deste novo meio, surge uma nova forma de comunicação, com ela não há a necessidade do emissor e do receptor encontra-se no mesmo espaço físico ou temporal. Por outro lado, a escrita também criou o segundo conceito.
 Totalização
 A escrita possibilitou com que a interação que havia no meio oral deixasse de existir, com isso em um texto escrito há uma totalização, ou seja, somente o emissor e que fala, segundo o seu entendimento sem a possibilidade de interação do seu receptor. Da mesma forma, os meios de comunicação de massa seguem este regime totalitário, onde não existe espaço para uma interação e há uma forma linear e pré-determinada de raciocínio. Com a Internet, a universalização continua, todavia, por outro lado, a totalização some, pois neste meio a interatividade é contínua, ou seja, não há mais um saber autoritário, monolítico e centralizado.
Virtial/Atual
 O conceito de virtual é amplamente pensado como desprovido de realidade. Lévy nos mostra que essa visão é errônea já que o virtual é real e não se opõe ao mesmo, ainda que não esteja nas categorias de tempo e espaço (é desterritorializado e atemporal) O exemplo dado pelo próprio Lévy é que "o problema da semente..." "é fazer brotar uma árvore. A semente é um problema mesmo que não seja somente isso. Isto significa que ela "conhece" exatamente a forma da árvore que expandirá sua folhagem acima dela."(O que é o virtual,1998). Um exemplo prático da falta de território e tempo da virtualidade pode ser dado por uma conversa por telefone ou por MSN. Qual é o lugar onde acontecem essas conversas? Digamos que as duas pessoas que se comunicam estejam em pontos opostos do globo, qual seria a hora? A resposta é em qualquer lugar e a qualquer tempo. Assim como ocorre com o acesso a qualquer arquivo da Internet, você pode ler este texto em qualquer lugar e a qualquer tempo.
Segundo a www.wikipedia.org “A apredizagem colaborativa é um recurso na área de educação que consiste em estabelecer um procedimento onde o aluno, ou usuário, em conjunto com o professor, estabeleçam buscas, compreensão e interpreção da informação de assuntos determinados”.
_________________________
LEVY, Pierre. A revolução contemporânea em matéria de comunicação. In MARTINS, M. Francisco e SILVA, Machado Juremir (org). Para navegar no século XXI, Porto Alegre: Sulina/Pucrs, 2000. www.wikipedia.org

Cibercultura e avaliação



A expressão "[...]na cibercultura a nota pode deixar de existir" é do texto  Avaliar na Cibercultura, de Andrea Cecilia Ramal
  * Por Jocélia Santos
A viagem ciberimaginária feita por Ramal, nos leva a aceitarmos e a entendermos como será a educação daqui a 61 anos, mas precisamente por volta do ano 2069.
A antiga sala de aula é num ambiente de estudo e pesquisa;
O professor é o dinamizador da inteligência coletiva do grupo e a Escola é o que poderemos chamar de os Centros de Cultura e Saberes Humano.
Para tanto quando o assunto é avaliação, os aprendizes ficam cada vez mais admirados.
Como determinar "níveis de ensino"?Como catalogar "fases de conhecimento"? O que seriam "etapas" escolares? Em que nó da rede curricular eles se baseavam para fundamentar isso?
A surpresa maior se dá quando descobrem que essas avaliações ou "provas" eram aplicadas a todos os estudantes do grupo. A mesma prova? - espantam-se todos.
Para tanto, uma posição questionadora é quando a autora afirma que a cena transcorrida em 2069 é o único dado fictício, pois essa mudança na escola realmente ocorrerá. Pois somos nós que determinamos o tempo frente as mais diversas formas de da abertura de visão das instâncias governamentais de supervisão escolar, e das políticas públicas de investimento numa reforma educativa; as quais não iram resistir por muito tempo à chegada da cibercultura, que trás consigo um riquíssimo e inovador conhecimento, numa nova forma de ver e conceber a educação.
Se imaginar-mos, no entanto, a abolição das canetas e corretivos, vamos nos deparar com um mundo tecnológico que digitaliza todo o esboço de idéias que poderíamos ter. Para tanto a leitura e escrita ganharam uma tecnologia intelectual que potencializa nossas capacidades, além de economizar tempo e garantir a qualidade visual.
Na escola das próximas décadas, seremos responsáveis por formar alunos que possam aperfeiçoar os próprios processos de construção do conhecimento, Educar será, portanto, desenvolver processos abrangentes, segundo critérios como consistência, previsibilidade, motivação, envolvimento, desempenho, capacidade de articular conhecimentos, de comunicar-se e estabelecer relações. Isso ajudará a preparar o cidadão da era do ciberespaço: como a matéria-prima da produção será a informação, e os conteúdos da formação inicial se tornarão rapidamente obsoletos, ele deverá ser um profissional capaz de aprender sempre; um ser consciente e crítico, que dialogue com as diferentes culturas e os diversos saberes, que saiba trabalhar de forma cooperativa e que seja flexível empreendedor e criativo para administrar sua carreira e sua vida pessoal, social e política. As tecnologias intelectuais do nosso momento histórico relativizam a importância da memória, ao menos enquanto capacidade confinada ao cérebro humano. Não é preciso armazenar saberes: suportes digitais externos podem fazer isso por nós, para que nosso intelecto fique disponível para funções mais importantes e decisivas.
         Para tanto, a tecnologia e sua moderníssima arma a favor de uma educação cibernética, ciberética e por que não dizer ciberidenpendente, passará a tratar a aviação de modo diferenciado. Entretanto, o termo avaliação causa para a maioria dos alunos uma conotação um tanto negativa, frustrante e pavorosa. O uso talvez daquelas folhas em branco em dias de prova demonstraram o subsídio de linhas que teriam que preencher com respostas miraculosas sem erro de vírgula, numa corrida desacelerada contra a campainha da escola.
Avaliar na cibercultura talvez não seja um processo do hoje, mas não há como pensarmos no processo avaliativo olhando pra trás. O avanço contínuo da era digital impulsionará novos métodos não só avaliativos como educacionais, o que vai possibilitar um espaço de interação mais conhecedor e mais inovador desse mundo digitalizado.
Quando Ramal afirma que “na cibercultura a nota pode deixar de existir”. Ela engloba todo pensamento e toda a perspectiva tecnológica na quebra de todo e qualquer paradigma que pode ser encontrado em nossas escolas. Ou seja, o aluno é “julgado” num processo mais quantitativo quanto qualificativo, submetido à injustiça e contradição fora de sua realidade.
Endossando a questão de avaliar na cibercultura, podemos perceber que a autora nos leva a um patamar reflexivo principalmente quando afirma que “A forma de superá-lo é envolver os estudantes na própria educação”. Isto é, uma educação não só nova, mas transformadora, e renovada na qual o aluno perceba que ele é o principal interessado fazer render seu estudo e em verificar como pode aprimorar as estratégias de construção do saber.
Para tanto, levar professores e mestres a pensarem desta forma será, portanto, um processo gradativo regado a muita informação e informatização tecnológica que hoje se insere em nosso meio.
As transformações renovadoras que se espera não garantem a priori a ordem dos problemas que se colocam na cibercultura e para os quais ela ainda não apresenta perspectivas de solução, tais como o tema das desigualdades e da exclusão, a negociação entre os poderes, as nossas relações com as ideologias, o trabalho, as forças políticas e econômicas. Estamos às margens desse mundo que ainda é desconhecido para alguns, mas no ramo educacional a tecnologia já disseminou uma semente ampla que trás os diversos meios e recursos para encontrarmos o melhor processo continuo avaliativo, aquele que não castiga que não maltrata, mas que busca o valor integral do aluno no âmbito de nossa Escola.

RAMAL, Andrea Cecilia. "Avaliar na cibercultura" . Porto Alegre: Revista Pátio, Ed. Artmed, fevereiro 2000.
http://www.pedroarrupe.com.br/upload/avaliar.pdf

28 agosto, 2011

Breve história da Literatura Infantil





“O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora através das influências da atmosfera cultural  geral e dos esforços conscientes da educação e bibliotecas públicas". (Richard Bamberger)

         * Por Jocélia Santos
  O pesquisador Philippe Ariès, em História Social da Criança e da Família, de 1960, aponta o conceito ou a idéia que se tem da criança, sobretudo da infância, a qual foi historicamente construída onde, por muito tempo, não foi vista como um ser em desenvolvimento, com características e necessidades próprias, e sim como um adulto em miniatura. Ou seja, neste sentido, a história da infância, ou a concepção sobre a criança em si, surge como possibilidade para muitas reflexões sobre a forma como entendemos e nos relacionamos atualmente com a ela. Por ser a literatura Infantil produzidas por adultos, ela não tinha valores nem interesse, visto que a criança em si também não apresentava necessidades especificas.
 As primeiras obras para esse público, surgiram na metade do século XVIII, mas, antes a esse fato, no século XIII, começou a ser analisado pela história arte, com uma forma de linguagem visual que utiliza imagens para representar determinado tema.  Surgiam desde então as fábulas que foram assim reescritas, mas não deixaram de passar por situações de desprezo, pois a literatura infantil não era vista como algo destinado às crianças. Charles Perrault, impulsionou a literatura Infantil com seus contos de fada de maneira extraordinária como nunca havia visto antes. Porem, escritores franceses não armazenaram exclusividade para a literatura voltada para criança. Ela foi gradativamente se expandindo para os países onde o crescimento econômico e social era maior. Com a industrialização as atividades no setor econômico e social tiveram um salto alarmante, a criança passa a ser vista como objeto de consumo, a qual impulsionaria o setor produtivo.
Com o após Guerra, as instituições tiveram que permanecer atendendo as  crianças em tempo integral, e as leituras eram uma obrigação para suprir os horários, como não dispunha de livros voltados para as crianças,  os contos de fadas supriram essa necessidade. A literatura específica que nascera, foi de cunho moralista, pois era de interesse dos adultos em educar as crianças, deixando de lado o modo artístico em seus exemplares. E a escola, como é vista nesse processo? “É preciso ensinar aos alunos a beleza da língua e reafirmar a noção de que o livro é um amigo que está  sempre ao nosso lado” (Ana Maria Machado), pensando assim, coube a escola o papel de promover, incentivar, e aprimorar a leitura, para tornar viável  sua circulação.  
A leitura dirigida à criança, na contemporaneidade é vista como aquele que busca ( e deve buscar sempre) o gosto e o prazer de ler. Ou seja, o lúdico que hoje muito é associado à leitura infantil se torna um exercício convidativo à busca pela leitura, pois quando se é criança, busca-se a interação entre palavras e imagens, forma e brincadeiras que enriqueça e enalteça a arte da leitura em todas as suas conjecturas.
            Contudo a necessidade de abrir essa lacuna nos é muito interessante no papel de educadores da modernidade, é necessário e preciso que a literatura infantil seja inserida desde cedo na vida da criança, pois o grande acervo de textos, nos envolve para essa prática, os diversos tipos de gêneros da nossa língua comprova a diversidade e amplitude, nos dando uma variada e recheada enciclopédia literária a qual deve manter-se viva, dia a dia que lace a criança na alegria de descobrir e redescobrir a essência de se chegar ao final de uma leitura.

Referenciais:
http://primeirainfancia.org.br/wp-content/uploads/2011/07/literatura-infantil.jpg

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de ler. São Paulo: Ed. Àtica,  1987.
MACHADO, Ana Maria. A literatura deve dar prazer. Rio de Janeiro: Nova Escola: a revista do professor, São Paulo, v. 16, n. 145, p. 21-23, set. 2001. Entrevista concedida a Priscila Ramalho.

Democracia e gestão democrática nas escolas.

Breve reflexão acerca da democracia, gestão democrática nas escolas e a importância da participação de todos que fazem parte de uma instituição de educação, para que se alcance a autonomia.

       

O que houve com o Magistério ?

* Por Jocélia Santos

Sabemos que a valorização do magistério é hoje uma alavanca no fortalecimento dos educadores para uma prática mais eficaz e consciente.  A fim da qualificação nas diversas áreas para o engrandecimento da prática em sala de aula, algumas ideais têm sido postas em prática para que o ensino não faleça, nem tão pouco se desestruture continuamente.
Por outro lado, a valorização do profissional da educação do magistério, deve e pode ser entendida como aquela que esteja associada também aos aspectos salariais. O plano de cargos e carreiras assim também como as condições de trabalho são pontos extremos para se imaginar uma possível educação de qualidade.
A valorização do magistério, que é de fato uma questão do Estado e consequentemente das políticas educacionais, está intimamente ligada a produtividade do trabalho docente. Entretanto, seja qual for o nível, Federal, Estadual ou Municipal, a categoria do magistério vem ao longo da sua história sendo tratada de forma alheia e indesejável, criando brechas para que os profissionais dessa área desenvolvam de forma inadequada seus trabalhos.
De qualquer forma, é necessário voltarmos um pouco na história, para entendermos essa discussão relembrando que; foram os Jesuítas os primeiros professores oficiais do Brasil, viviam apenas de rendas das estâncias, não eram assalariados. Quando expulsos em 1759, o declínio da escola publica elitista foi evidente. Foram treze anos até que alguma medida fosse tomada; a substituição de professores foi uma delas.
Com a reforma pombalina, aulas Régias, foram uma das tomadas para a escolarização. Mestres e locais improvisados regiam as aulas sem qualquer embasamento, conhecimento, ou formação para ocupar esses cargos. Eram nomeados por indicação, ou seja, a má qualidade, na formação para o exercício do magistério é um processo antigo, que chega de forma evidente até nos dias de hoje.
Mesmo com a chegada de outros Métodos, a Educação ficou fragmentada ao descaso deixada pelas autoridades. Tão somente em 1824, devido à brutal carência docente é que podemos afirmar que o aumento do salário aos professores primários marcaria o primeiro fato de valorização salarial dos professores.
A ideia que o exercício docente estivesse ligado ao sacerdócio, desvaloriza-se ainda mais o teor dessa profissão, uma vez que não é apenas “fé” que dispunha uma carreira docente. Tomando como base a contemporaneidade, fica cada vez mais evidente percebemos toda essa discussão frente à valorização do magistério, a qualificação do professor que busca cotidianamente empenho para a formação de pessoas, é tema de grandes debates, visto que hoje no país a sua desvalorização ainda é grande, nunca se buscou capacitasse tanto por tão pouco. Nenhum exercício forma tanto quanto um profissional da educação, aquele que incansavelmente se doa para uma prática mais justa e cada vez mais consciente.
Referencia:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 39 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.

Escolas como panópticos

“É no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações entre o mundo e as pessoas, transformando-o em um pano de fundo no qual se inserem emoções [...] nessa dimensão o espaço é entendido como algo conjugado ao ambiente e vice-versa. Todavia é importante esclarecer que essa relação não se constitui de forma linear. Assim sendo, em um mesmo espaço podemos ter ambientes diferentes, pois a semelhança entre eles não significa que sejam iguais. Eles se definem com a relação que as pessoas constroem entre elas e o espaço organizado.” (Horn)
******************
Vimos que o modelo panóptico usado para “viajar e punir”, tinha também entre outras funções disciplinar e controlar os sujeitos ali participantes. Criado em 1785, esse sistema lembra os moldes passados que a escola mantinha em seus métodos tradicionalistas em fazer educação. Hoje, a arquitetura de Jeremy Bentham perdeu formas e contornos, mas não deixou meramente de existir. Os espaços físicos de muitas escolas tem se vestido dessa vigilância para controlar cada vez mais seus alunos em espaços cada vez mais restritos e disciplinadores. As raízes da observação, controle regras e normas ainda estão ramificados no sistema e na gestão escolar, sobre forte influencia de uma escola de qualidade. Alunos educados, e escola silenciosa não classificam os elementos da aprendizagem.
Por outro lado, a escola tem se transformado muitas vezes em locais de guerra, vandalismo e pichações, ou seja, o espaço físico da escola deve está condizente com a realidade dos alunos de uma determinada comunidade. Vejo que a cada dia tenta-se criar espaços democráticos e autônomos, porem só será possível quando nos dermos conta de que através do diálogo, do respeito mútuo, da ética e inclusão poderemos vivenciar um espaço cada vez mais harmonioso e mais participativo.
________________________
HORN, Maria da Graça de Souza. Sabores, cores, sons, aromas. A organização dos espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.